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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Achei! Volante da 'Tropa de Elite', Jaílton não sonha voltar ao Fla





Jaílton viveu altos e baixos no Flamengo. Em dois anos no clube (2007 e 2008), o volante conquistou dois títulos estaduais e duas Taças Guanabara, mas também sofreu pressão e foi muito contestado pela torcida. Atualmente sem clube - deixou o Ipatinga após o fim da Série C -, o jogador de 29 anos passa férias em sua terra natal, Aracaju, antes de pensar no futuro. Desejo de voltar ao Rubro-Negro ele garante que não tem. Mas gostaria de ser treinado novamente por Caio Júnior, Ney Franco e Joel Santana. Com este último, formou a “Tropa de Elite” que salvou a equipe do rebaixamento em 2007.
- Tenho muita vontade de voltar a trabalhar com eles. A gente tem que sonhar sempre. Quando para de sonhar, para de viver. Tenho muito a conquistar, quero voltar a jogar em um bom time. Mas acho que já dei a contribuição que eu tinha que dar ao Flamengo. Não tenho essa vontade (de voltar), mas se pintar eu vou - disse o volante, que, antes do Fla, teve passagens por Sergipe, Tupi-MG, América-MG, Vitória de Guimarães e Estrela da Amadora, de Portugal.
Acho que a contribuição que eu tinha que dar ao Flamengo, já dei. Não tenho essa vontade (de voltar), mas, se pintar, vou"
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Ney Franco foi quem levou Jaílton ao Flamengo. O volante fez parte do grupo de jogadores do Ipatinga indicados pelo técnico ao clube em 2007. Na temporada anterior, havia se destacado no Mineiro. Na chegada ao Rubro-Negro, era reserva, mas teve oportunidades no time misto que disputou o Carioca, já que o titular estava focado na Libertadores. Virou titular em alguns jogos do Brasileiro e, ironicamente, ganhou mais espaço com a saída de Ney Franco e a chegada de Joel Santana.
- Não tínhamos o Maracanã (em obras) e estávamos na zona de rebaixamento. Ney saiu, Joel chegou. Com ele, fizemos um trabalho muito legal, tudo encaixou bem. Não mantenho contato com eles. O Ney é um cara muito profissional e centrado. Me ajudou muito. E o Joel é um cara muito simples, entende e conversa com o jogador. Nem quem fica na reserva se chateia. Naquela época, foi isso que aconteceu. O reserva, quando entrava, vinha com a mesma motivação do titular. Tenho acompanhado os dois. O Ney com o trabalho na Seleção. O Joel, que salvou o Bahia do rebaixamento com um trabalho maravilhoso. Em 2012, tomara que consiga alcançar muitas coisas - disse.

Do sucesso à 'injustiça' no Fla

Com a saída de Joel e a chegada de Caio Júnior, em 2008, Jaílton continuou titular. Mas o questionamento começou a vir das arquibancadas. A torcida rubro-negra pegava no pé do volante, que se considera um injustiçado. Para ele, sua importância tática justificava a vaga no time titular.
- Eu me sentia injustiçado, perseguido. Não sou um jogador de sair driblando e fazendo gols. Jogo para a equipe. Se eu agradar ao time, fico feliz. Perguntavam por que eu jogava. O segredo era a obediência tática e técnica. E não é fácil. Você está ali, no meio da maior torcida do mundo. Às vezes, complica. Se não tiver uma cabeça boa, não aguenta. Mas consegui superar - disse.
A experiência fez com que ele identificasse alguém que passa pela mesma situação. Jaílton fez questão de manifestar apoio ao jovem zagueiro Welinton, que tem o respaldo de Vanderlei Luxemburgo no atual elenco, mas é contestado pelos torcedores.
- Diria para o Welinton seguir se dedicando. O difícil não é você chegar até um certo ponto, mas sim manter-se nele. Ele não tem que ficar se preocupando. Já deve estar acostumado, porque cresceu no Flamengo. Eu torço para que ele não abaixe a cabeça. Tem condição e futebol para chegar longe - afirmou.

Ainda sobre a passagem pelo Flamengo, Jaílton citou companheiros que o apoiaram nos momentos difíceis. O ex-zagueiro e capitão Fábio Luciano foi seu principal motivador.

- Ainda tenho contato com ele. Foi fundamental para a minha permanência, porque quase saí no início de 2008. Ele abraçou a causa do time de forma impressionante. Vários jogadores me apoiaram na época, como o Léo Moura e o Bruno. Agradeço também ao Ronaldo Angelim. Ele é incrível, conquista as pessoas pela simplicidade - relatou.

Portugal: ilusão e dificuldades



Antes de chegar à Gávea, Jaílton jogou em Portugal, quando tinha somente 22 anos. A proposta era tentadora: deixar o Ipatinga por empréstimo para encarar a experiência internacional no Vitória de Guimarães, clube da primeira divisão do país. O volante aceitou e deixou a noiva no Brasil para ir sozinho para a Europa. Após quatro meses no clube, só havia recebido salário em um deles. E o pior: praticamente não teve chances de entrar em campo. Se não fosse o jogador brasileiro Guga, que estava no time na época, a situação teria sido pior.

- Ganhei experiência profissional, mas na questão financeira foi uma baita furada. Fiquei meses sem receber, sozinho, fora do país. Se não fosse o Guga, não sei como faria. Poderia até ter passado fome. Fui para Portugal sem nada. Toda vez que o Guga ia almoçar ou jantar fora, ele me convidava. Se fosse fazer um almoço em casa, me chamava – lembrou.
Após a experiência frustrada, o volante tentou arriscar novamente, ainda em Portugal, e foi para o Estrela da Amadora, da Segunda Divisão.

- A situação era um pouco melhor. Minha noiva foi para lá. Eu recebia um mês e ficava outro sem ganhar nada. Por conta disso, optei por voltar ao Brasil.

Passagem rápida por Flu e Coxa



Jaílton também teve passagem pelo Fluminense. Assim que saiu do Flamengo, foi indicado pelo técnico Renê Simões para o Tricolor, mas não conseguiu repetir as atuações pelo Rubro-Negro. Na ocasião, sofreu uma lesão no braço que o deixou um mês fora dos gramados. Com a saída do treinador, perdeu ainda mais espaço.
No segundo semestre de 2009, foi para o Coritiba, justamente o clube onde estava René Simões. O time acabou rebaixado, mas Jaílton considera que teve uma boa passagem.
- Não fui produtivo no Flu. Acabei me machucando, fiquei um mês sem jogar. Perdi espaço, e o René ainda saiu. No Coritiba, ele pediu minha contratação. Optei por essa transferência, fiz um trabalho legal. O Coritiba é um clube bom, mas, infelizmente, aquele não foi o ano dele. Individualmente, fui bem. O clube caiu, mas acabou sendo bom. É só olhar a forma como voltou – lembrou.
Hoje, sem clube, depois de disputar a Série C em 2011 pelo Ipatinga, Jaílton diz que há sondagens de algumas equipes, mas prefere não citar nomes para não atrapalhar as negociações.

FONTE:globoesporte.com

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